quinta-feira, 21 de julho de 2011

Mulher grávida de um macaco

Será mentira ou será verdade?

Um caso misterioso ocorrido em Manicoré, interior do Amazonas, tem chamado a atenção de cientistas de todo o mundo. Uma jovem, de apenas 19 anos de idade, está grávida de um macaco chimpanzé. Na tarde deste sábado (25), alguns médicos e cientistas, brasileiros, japoneses, argentinos, americanos, e também uma equipe da NASA, estiveram no Amazonas para analisar o caso da garota.

A jovem, cujo nome está sendo preservado para não causar constrangimento, manteve a gravidez em sigilo até a barriga crescer e denunciar. Os pais foram os primeiros a saberem, mas não acreditaram na versão dada pela jovem, de que o pai seria o macaco.

O repórter de G17.com.br, Felipe Fernando Fonseca Fagundes Farias, conversou com os pais da jovem, neste sábado (25). A mãe da garota, disse que só acreditou na história quando os médicos confirmaram que o DNA do bebê que está sendo gerado pela garota, tem o DNA do macaco.

Já o pai, disse que desconfiava que a filha tinha um chamego com o macaco, mas achou que era apenas carinho de ser humano para animal de estimação. “Ela dormia na cama com o macaco, mas não imaginei que eles faziam algo demais”, disse o pai.

Sobre o futuro, o pai afirma que o melhor é promover o casamento da garota com o Chimpanzé. A mãe é contra.


Vídeo de cachorro mordendo tubarão vira febre no YouTube


Imagens foram registradas na costa australiana.
Praia fica a 1.650 km da capital do país.


As imagens de vídeo de um cachorro atacando um tubarão debaixo d'água na costa australiana se tornou "viral" e se transformou em um sucesso na Internet, atraindo mais de 1,4 milhão de espectadores no YouTube.
A imagem mostra dois cachorros nadando no oceano próximo à cidade de Broome, no oeste da Austrália, cerca de 1.650 km a nordeste de Perth.
Os cachorros parecem estar pastoreando alguns tubarões para a praia quando de repente um deles mergulha na água e ataca um tubarão.
Víde de cão nadando com tubarões faz sucesso no YouTube (Foto: Reprodução/YouTube)Vídeo de cão nadando com tubarões faz sucesso no YouTube (Foto: Reprodução/YouTube)
"O cachorro está mordendo o tubarão", narra Russell Hood-Penn, em um áudio gravado após o incidente. "Isso é inacreditável. Eu já vi tudo agora".
Hood-Penn colocou a gravação no site de compartilhamento de vídeos YouTube, onde foi visto mais de 1,4 milhão de vezes.
Quando a câmera se afasta, um dugongo (mamífero grande semelhante a um peixe-boi) é visto na praia e Hood-Penn especula ser o motivo pelo qual os tubarões estão circulando tão próximo à costa.
Ao final do vídeo, o cachorro sai da água e balança para tirar água do corpo. Não houve informações sobre o destino do tubarão.

Assista ao vídeo.

Tubarão de 500 kg pula dentro de barco na África do Sul


Incidente ocorreu quando cientistas tentavam atrair tubarões brancos para fotografar barbatanas.


Um tubarão branco de 500 kg e três metros de comprimento conseguiu pular dentro de um barco de pesquisa na África do Sul, na última segunda-feira (18).
O fato ocorreu enquanto pesquisadores da vida marinha trabalhavam na cidade costeira de Mossel Bay, no sudeste do país, em um projeto que visa identificar tubarões brancos e analisar as populações da espécie na África do Sul.
A especialista de campo Dorien Schroder e outros seis tripulantes atiravam sardinhas ao mar para atrair tubarões e, desta forma, fazer fotos de suas barbatanas dorsais para identificar cada um deles e estimar quantos tubarões vivem na baía da região.
Tubarão de 500 kg pula dentro de barco na África do Sul (Foto: Oceans Research)Tubarão de 500 kg pula dentro de barco na África do Sul (Foto: Oceans Research)
Tubarão de 500 kg pula dentro de barco na África do Sul (Foto: Oceans Research)Tubarão de 500 kg pula dentro de barco na África do Sul (Foto: Oceans Research)
'Geralmente, quando fazemos isto, um certo número de tubarões fica em volta do barco', disse à BBC Schroder, que faz pesquisas para a organização Oceans Research, como parte do Projeto Grande Tubarão Branco.
'Foi quando ouvi um barulho e, quando me virei, um grande tubarão branco estava no ar, logo acima de uma das minhas estagiárias.'
Schroder conta que, 'por sorte, a estagiária deu um passo em minha direção', e, devido a isso, o tubarão não caiu em cima dela.
'Mais tarde, ela me disse que pensou que eu saberia o que fazer, e por isso foi na minha direção.'
Ajuda
A pesquisadora agarrou a estagiária pela camiseta e a levou até outra parte do barco.
O tubarão, por sua vez, caiu e inicialmente ficou com metade do corpo dentro do barco. Mas, segundo Schroder, 'devido ao fato de os tubarões apenas de moverem para frente, ele entrou totalmente no barco'.
'E, claro, ele estava em pânico, não pensou que cairia no barco, (o tubarão) pensou que cairia na água. Então ele ficou se debatendo', disse.
'Todos os estagiários foram para outra parte do barco e nós esperamos o tubarão se acalmar para fazermos alguma coisa', afirmou.
No entanto, devido ao peso do tubarão, Dorien e os estagiários tiveram de pedir ajuda para tirá-lo do barco. Pelo rádio, a pesquisadora chamou outros dois cientistas da Oceans Research que estavam em terra, e um dos diretores da organização, Ryan Johnson, foi para o local.
'Nós recebemos um pedido de socorro pelo rádio, da Dorien, fomos até lá e, em quatro pessoas, esperávamos tirar o tubarão (do barco). Mas, quando chegamos lá e vimos a situação, percebemos que não ia ser assim: ele tinha três metros e 500 kg e queria morder', disse Johnson à BBC.
'Depois de algumas tentativas de jogar ele de volta ao mar, entramos em contato com as autoridades portuárias e pedimos ajuda (para tirar o tubarão do barco).'
O cientista afirma que deve ter sido uma 'experiência incrivelmente estressante para o tubarão' e diz que os cientistas tentaram jogar água no tubarão durante todo o tempo.
Segundo Johnson, depois de conseguir mais ajuda junto a um barco de pesca, o tubarão foi retirado do barco pela cauda, pendurado em cordas.
Desorientado
O diretor da Ocean Research diz que o tubarão estava desorientado e estressado devido à experiência dentro do barco.
'Devido ao estresse que ele passou, ele nadou pela baía, que era um lugar estranho para ele), e em direção à praia', afirma Johnson.
Os cientistas foram então para a água, a fim de tentar ajudar o tubarão a sair da praia. Depois de algumas tentativas sem sucesso, eles decidiram amarrar o animal em um dos barcos e levá-lo ao mar, onde ele foi solto.
Schroder disse à BBC que, depois do encontro com o grande tubarão, o barco já está de volta à água.
'Algumas coisas se quebraram, a fibra de vidro se rompeu quando o tubarão caiu lá, mas consertamos no mesmo dia e ele (o barco) já voltou para a água', disse.

Vulcão indonésio Lokon registra sua maior erupção em uma semana


Cinzas e fumaça alcançaram uma altitude de quase 3.500 metros.
Até o momento cerca de 5.200 pessoas foram retiradas dos arredores.


Vulcão teve sua maior erupção nas últimas semanas neste domingo (Foto: Glen Rarung/AFP )Vulcão teve sua maior erupção da última
semana neste domingo (Foto: Glen Rarung/AFP )
O vulcão Lokon das ilhas Célebes, no nordeste da Indonésia, registrou neste domingo (17) sua maior erupção desde que o nível máximo de alerta há cerca de uma semana, informaram fontes oficiais.
A forte explosão, que aconteceu por volta de 11h53 (1h53, horário de Brasília) na região do arquipélago, jogou cinzas e fumaça que alcançaram uma altitude de quase 3.500 metros desde a cratera, disse à imprensa o Observatório Nacional de Vulcanologia.
Um rio de lava desceu meio quilômetro pelas laterais do vulcão sem causar vítimas, acrescentou o centro de observação.
A Agência para a Gestão de Desastres Naturais informou que até o momento cerca de 5.200 pessoas foram retiradas das pequenas aldeias situadas nas proximidades do vulcão e amparadas em refúgios temporários montados em escolas públicas da localidade de Tomohon.

As autoridades estabeleceram um perímetro de segurança, onde as pessoas estão proibidas de passarem da linha estabelecida de 3,5 quilômetros de distância do monte.
O Lokon entrou em erupção na quinta-feira à noite e desde então suas explosões causaram incêndios em florestas dos arredores.

Polícia indonésia apreende seis águias em poder de suspeito


Animais foram encaminhados a parque para receber atenção veterinária.
Suposto contrabandista levava as aves em seu carro, quando foi parado.


Uma das águias apreendidas recebe soro na veia. (Foto: AFP)Uma das águias apreendidas recebe soro na veia.
(Foto: AFP)
Seis águias foram encontradas em poder de um suposto contrabandista em Kulon Progo, na região de Yogyakarta, na Indonésia, nesta quinta-feira (21) .
As aves pertencem a diferentes variedades. O suspeito foi parado pela polícia num bloqueio de estrada. Flagrado com os exemplares silvestres, ele alegou ser um funcionário de serviço florestal.
As águias foram encaminhadas a um zoológico para tratamento.
Veja galeria com fotos de bichos pelo Brasil e pelo mundo
Águia (Foto: AFP)Outra das águias apreendidas pelas autoridades indonésias. (Foto: AFP)

Desmatamento com 'correntão' é flagrado em fazenda no Pará


Agentes do Ibama encontraram derrubada ilegal de 2,3 milhões de m².
Corrente com elos grandes é arrastada por tratores para destruir a mata.


Um desmatamento ilegal com uso de "correntão" (corrente com elos grandes puxada por dois tratores para derrubar as árvores)  foi interrompido numa fazenda de gado em São Félix do Xingu, no sudeste do Pará, por agentes do Ibama. Os fiscais chegaram ao local nesta quarta-feira (20) de helicóptero e encontraram 233 hectares (2,3 milhões de m²) de mata derrubados. Foram apreendidos dois tratores e 800 metros de corrente.
O responsável pela área levou multa de R$ 1,1 milhão. Segundo o Ibama, ele declarou ser dono de 20 mil hectares (200 km²) de terras na região no Cadastro Ambiental Rural. O órgão ambiental desconfia de que ele esteja tentando grilar essa área. A zona desmatada foi embargada e não poderá ser alvo de regularização fundiária, informa o órgão ambiental.
Na imagem acima, trator apreendido pelos agentes do Ibama. Abaixo, o correntão estendido no terreno, visto do alto. (Foto: Luciano Dias - Ibama / Divulgação)Na imagem de cima, trator apreendido pelos agentes do Ibama. Abaixo, o correntão estendido no terreno, visto do alto. (Foto: Luciano Dias - Ibama / Divulgação)


terça-feira, 19 de julho de 2011

BULBOSAS E RIZOMATOSAS


BULBOSAS E RIZOMATOSAS

 
1- BULBOSAS
               O bulbo é uma espécie de caule subterrâneo, armazenador de nutrientes. As plantas bulbosas podem ser perenes (duráveis) ou sofrer um período de repouso onde a parte aérea some por um tempo e depois volta a aparecer. Saiba que nessa situação, seu canteiro ficará aparentemente sem planta por um período, até a nova brotação. Nesse caso você pode deixar os bulbos na terra até nova brotação ou retirá-los e guarda-los em local seco, ventilado e protegido até a estação indicada para a brotação.
2 - RIZOMATOSAS
                Rizomas são caules subterrâneos com capacidade para armazenar nutrientes, composto por gemas, nós ou escamas. As plantas rizomatosas crescem formando touceiras que devem ser separadas periodicamente para limpeza do canteiro e produção de novas mudas. Na produção de mudas, corta-se um pedaço do rizoma contendo duas ou três gemas e replanta-se.
Veja a seguir as plantas bulbosas e rizomatosas:
Nome científicoEtlingera elatior
Nome popular: Bastão-do-imperador, gengibre-tocha, flor-da-redenção.
Família: Zingiberaceae
Origem: Indonésia.
Flores: Primavera e Verão.
Porte: até 4 metros.
Características: Herbácea rizomatosa, perene, de clima quente e úmido e de pleno sol. Pode ser cultivada isoladamente ou em grupos, em solos úmidos como beira de lagos.
Propagação: Por sementes ou por divisão de touceiras.
Nome científicoNeomarica gracilis
Nome popular: Íris da praia.
Família: Iridaceae.
Origem: Brasil, em regiões de restinga.
Flores: Primavera e Verão.
Porte: de 40 a 60 cm.
Características: Herbácea rizomatosa e entouceirada. Suas flores abrem-se pela manhã a duram apenas 1 dia. Pode ser cultivada em conjuntos a meia-sombra ou em alinhamentos junto a muros e paredes. O solo deve ser bem drenado.
Propagação: Por divisão de touceiras obtém-se várias novas mudas.

TREPADEIRAS

TREPADEIRAS

         São plantas de natureza herbácea ( possuem caules verdes, frágeis e flexíveis), semi-herbácea ou lenhosa
(possuem caules rijos, secos e com aparência de lenho como o grupo de arbustos escandentes).
           Conheça os vários tipos de trepadeiras e veja que é possível escolher o tipo certo para cada situação, ou seja: forrar muros; cobrir pergolados; emoldurar arcos, floreiras pendentes etc.
1- TREPADEIRAS  SARMENTOSAS
           Possuem gavinhas (caules adicionais) que garantem a fixação da planta em paredes, árvores, estacas etc. Esse tipo de trepadeira pode ser usado para cobrir muros e só precisam de uma superfície para subir.
2- TREPADEIRAS VOLÚVEIS
           Se enrolam em qualquer estrutura. Servem para contornar arcos, subir em troncos de árvores e estacas. Para cobrir muros será preciso colocar suportes de arame para que se enrole.
3- TREPADEIRAS  CIPÓ E ARBUSTOS ESCANDENTES
           Precisam ser educadas com amarrilhos para subirem em alguma estrutura. Servem para se apoiar em arcos, pergolados, telhados e treliças, mas lembre-se: é preciso amarrar para que a planta suba. As trepadeira cipó são mais flexíveis que os arbustos escandentes pois estes são um tipo intermediário entre as trepadeiras e os arbustos, em alguns casos são de natureza lenhosa.
Nome científico: Bouganvillea spectabilis
Nome popular: Primavera, Buganvile
Família: Nyctaginaceae
Origem: Brasil, regiões sudeste e nordeste.
Existe a espécie glabra nativa no sul do país com cores mais pálidas em tons lilases, mais resistentes ao frio.
 
Flores: Quase o ano todo se empregada a espécie adequada à região.
Porte: Até 5 metros de altura.
Características: Arbusto escandente lenhoso, mais espinhento na espécie spectabilis. Pode ser conduzido como trepadeira apoiada em estruturas. A floração é muito vistosa e é muito utilizada cobrindo caramanchões e portões de acesso.
Com várias cores e brácteas (folhas modificadas) simples ou dobradas. A spectabilis ocorre em cores mais intensas que a espécie glabra ( em tom róseo suave), mas a glabra resiste mais ao frio do Sul. A spectabilis pode ser encontrada nas cores branca, laranja, ferrugem, vinho e rosa. A preferência é muito acentuada por pleno-sol, necessitando de sol praticamente o dia inteiro para florescer mais intensamente.
Propagação: Por estaquia de galhos ou alporque.

FORRAÇÕES



 
FORRAÇÕES

       
                
São plantas que crescem predominantemente na horizontal (se alastram) e normalmente não ultrapassam a altura de 30 centímetros. Existem vários tipos de forrações, as floríferas trazem contrastes e alegria ao jardim; as folhagens podem jogar com as texturas e quebrar a monotonia de um gramado. As forrações cobrem o solo e mantém sua umidade, só não podem ser pisoteadas como a grama.
                 Veja aqui alguns exemplos de forração:


Nome científico: Tagetes patula
Nome popular: Cravo francês, Cravo anão.
Família:Asteraceae (Compositae).
Origem: México
Porte: Até 30 cm de altura.
Flores: Quase o ano todo.
Características: Herbácea anual com flores de colorido muito intenso e folhagem com cheiro forte característico. O canteiro deve ser renovado após uma estação. Serve para forrar o canteiro e como bordadura (contornos). Esta é uma das poucas plantas anuais que resiste a um clima mais quente. É apropriada também para a região Sul. Prefere pleno sol.
Propagação: Multiplica-se facilmente por sementes em qualquer época do ano.
Nome científico: Verbena hybrida
Nome popular: Camaradinha
Família: Verbenaceae
Origem: América do Sul.
Porte: Até 30 cm de altura.
Flores: Quase o ano todo, em várias cores e híbridos.
Características: Herbácea perene resistente ao frio do Sul do Brasil, alastra-se rapidamente fazendo eficiente cobertura de solo.
Propagação: Por mudas ou sementes.
Nome científico: Fitonia verschaffeltii
Nome popular: Planta-mosaico.
Família: Acanthaceae.
Origem: América do Sul, Peru.
Porte: de 10 à 15 cm de altura.
Flores: insignificantes.
Características: Herbácea perene e reptante, cultivada em vasos ou como forração de canteiros em locais à sombra. O solo deve ser rico em material orgânico, bem drenado e mantido úmido sem encharcamento. Existe a variedade de nervuras vermelhas e fundo verde mais escuro que a espécie da foto ao lado. Prefere clima quente e úmido e necessita de proteção contra ventos.
Propagação: Pelo enraizamento fácil da ramagem rasteira, em qualquer época do ano.

HERBÁCEAS

 
 


             Segundo a natureza de sua estrutura, as plantas podem ser lenhosas: apresentam tecidos rígidos e endurecidos formando o lenho, como as árvores e alguns arbustos; ou herbáceas: têm a estrutura um pouco mais flexível e frágil, com caules verdes, devido a natureza de seus tecidos. Estão incluídos nesse grupo diversos tipos de plantas anuais (com vida de aproximadamente um ano) e perenes (com vida longa em período indeterminado), ex: forrações, bulbosas e alguns arbustos e trepadeiras.

Nome científico: Celosia cristata
Nome popular: Crista de galo.
Família: Amaranthaceae.
Origem: América tropical.
Porte: Até 80 cm de altura.
Flores: Primavera-Verão.
Características: Herbácea anual, considerada flor de corte utilizada em arranjos florais. Desenvolve-se à pleno sol e prefere o calor ao frio intenso. Sua floração é muito exuberante. Serve como bordadura em canteiros.
Propagação: Por sementes em qualquer época do ano.

Nome científico: Celosia argentea
Nome popular: Crista de galo plumosa.
Família: Amaranthaceae
Origem: Índia
Porte: de 30 a 40 cm de altura.
Flores: Primavera.
Características: Herbácea anual com flores em cores: creme, amarelas, laranjas, rosas e vermelhas. O colorido é exuberante, desenvolve-se à pleno sol e prefere as estações mais quentes se cultivada em clima ameno. É pouco resistente ao frio intenso. Como é planta anual e floresce na primavera, não há inconvenientes em cultivá-la no Sul do país.
Propagação: Multiplica-se facilmente por sementes.

Nome científico: Impatiens hawkeri
Nome popular: Beijo pintado
Família: Balsaminaceae
Origem: Ilhas dos mares do Sul.
Porte: 30 a 50 cm de altura.
Flores: Quase o ano todo.
Características: Herbácea perene de florescimento intenso à meia-sombra. Necessita proteção contra vento. Pode ser cultivada em jardineiras ou  em canteiros, em grupos ou bordaduras. Manter a terra sempre úmida. Prefere clima quente e úmido.
Propagação: Por sementes.

ARBUSTOS

 


          São plantas que possuem um porte menor que o das árvores, a maioria não ultrapassa os 3 metros de altura.  A estrutura lenhosa ou semi-lenhosa, de galhos encorpados e rijos, por vezes é semelhante a das árvores, mas além do porte os arbustos diferenciam-se por apresentarem , muitas vezes vários troncos iguais, sem haver um dominante como nas árvores.
         Algumas trepadeiras também são arbustos, seus troncos flexíveis necessitam suporte para ganhar altura. São os chamados arbustos escandentes. Na verdade os arbustos podem ter estrutura lenhosa, semi-lenhosa ou herbácea.
         Conheça alguns arbustos que se adaptam bem no Brasil:
Nome científico:Euphorbia pulcherrima
Nome popular: Bico de papagaio.
Família: Euphorbiaceae
Origem: México
Porte: 2 a 4 metros.
Flores: outono-inverno ocorre a formação de brácteas (folhas modificadas) muito exuberantes. As flores mesmo são pequenas e de beleza secundária. Cores das brácteas: vermelha, creme, rosa ou branca.
Características: Arbusto semi-lenhoso para formação de renques ou planta isolada. Quando podadas formam ramagem mais compacta. Quando comprada em vasos deve ser levada ao jardim após a floração para seu desenvolvimento. É planta de sol pleno e bem aclimatada ao sul do país.
Propagação: por estacas preparadas ao fim do inverno.
Foto: Deisi Rezende - RJ
Curitiba - PR
Nome científico:Schefflera arboricola 'Variegata'
Nome popular: Cheflera-pequena.
Família: Euphorbiaceae
Origem: Taiwan.
Porte: 3 a 5 metros.
Flores: inflorescências nas cores branco-creme na primavera-verão. Frutos alaranjados em ramos que atraem pássaros.
Características: Arbusto semi-lenhoso para formação de renques ou planta isolada. É muito usada em vasos em ambientes internos à meia-sombra. Existe a espécie em folhas verdes sem variegação, que pode ser cultivada também a pleno-sol.
Propagação: por estacas
e por sementes.
Nome científico: Clerodendron speciosissimum
Nome popular: Clerodendro
Família: Verbenaceae
Origem: Ásia, Java
Porte: até 2 metros.
Flores: na cor vermelho bem intenso, durante quase o ano todo.
Características: Arbusto semi-herbáceo e perene, próprio para a formação de canteiros em grupos, onde o apelo visual é maior. Deve ser cultivado a pleno-sol em local de clima quente úmido, preferencialmente. Não tolera os rigores do inverno, como as geadas por exemplo. O solo deve ser bem drenado e ligeiramente arenoso, como o que ocorre no litoral. Pode ser regada uma vez por semana, já que suporta solo mais seco. 
Propagação:
a sua multiplicação é bem fácil, a partir de mudas que surgem junto a planta.

ÁRVORES

 
 


Ao escolher as árvores adequadas ao seu jardim é preciso levar em conta várias questões:
Árvores que soltam folhas (caducas ou decíduas) podem entupir bueiros e calhas no telhado, além de exigirem limpeza constante no terreno.
Árvores que possuem galhos quebradiços e são muito altas devem ficar longe de uma edificação.
Árvores sob fiação elétrica devem ter pequeno porte (compatível com a altura da rede).
As raízes de uma árvore têm extensão aproximada da largura de sua copa; portanto: Se a árvore, depois de adulta, se projetar sobre uma edificação, significa que suas raízes se projetam sob a mesma podendo ameaçar a fundação, reservatórios e tubulações.

Você pode escolher uma árvore que tenha um porte compatível com o seu jardim.    Existem muitas opções.

Nome científico: Erythrina speciosa
Nome popular: Eritrina candelabro, mulungu do litoral.
Família: Leguminosae-Papilionoideae
Origem e ocorrência: Brasil, nas regiões sudeste e sul.
Porte: Altura de 3 a 5 m de altura.
Flores: inverno.
Características: a planta perde as folhas no inverno e floresce com a planta despida de sua folhagem. As flores parecem um candelabro e apresentam a coloração laranja-avermelhada. As folhas são largas com as pontas afinadas quase em forma de coração e o tronco é espinhento. Característica da mata Atlântica, prefere solos úmidos e adapta-se muito bem a beira de rios e represas, como na foto, em locais de pleno sol. O desenvolvimento das mudas é rápido.
 
Nome científico: Senna multijuga
Nome popular: Canafístula, Aleluia.
Família: Leguminosae-Caesalpinoideae.
Origem e ocorrência: Brasil,em várias regiões,especialmente
no Sul. Existe a espécie Senna spectabillis, muito semelhante, que ocorre no Nordeste do país.
Porte: Altura de 6 a 10m, tronco de 30 a 40cm de diâmetro.Folhas compostas de 20 a 40 pares de folíolos (pequenas folhas) arredondadas na extremidade na espécie multijuga e pontiagudas na extremidade na espécie spectabillis.
Características: Floresce entre Dezembro e Abril, em cachos de pequenas flores amarelas. Perde as folhas no inverno e quando floresce está em folhas novamente. Desenvolve-se a pleno sol. Os frutos em favas amadurecem  entre Abril e Junho. A árvore é extremamente ornamental e pode ser utilizada isolada ou em grupo

ORQUÍDEAS



As orquídeas estão espalhadas por todo o globo terrestre, desde o Ártico até os Trópicos. Mas é nas regiões mais quentes que é encontrada em maior abundância e variedade de cores e formas. Em relação à altitude, podem ser encontradas desde o nível do mar até as regiões mais altas, como no Himalaia que está a 3.000 metros de altitude. Mas são mais freqüentes entre os 500 e 2000 metros.
Nessa ampla distribuição geográfica, podemos encontrar espécies mais restritas a um determinado ambiente e ainda espécies que se desenvolvem em diferentes habitats. Assim podemos encontrar orquídeas em lodaçais e prados úmidos, florestas sombrias,dunas, manguesais, subsolos, árvores, prados e relvados secos.
Como você deve ter observado, as orquídeas não crescem apenas sobre as árvores, portanto quando formos cultivar orquídeas, devemos sempre tentar reproduzir o seu habitat natural para uma melhor adaptação.  
CUIDADOS E PLANTIO:
1. Luminosidade: a luz é importante para as orquídeas, no entanto deve-se evitar expô-las diretamente ao sol, elas preferem lugares sombreados.
2. Solo: é importante um solo adubado, no entanto não é recomendável adubo em excesso o que pode matar a planta. O melhor substrato para as orquídeas ainda são as fibras de xaxim. Nas regiões norte e nordeste encontramos a fibra de coco, que também pode ser usada.
3. Água:  A rega é importante desde que não seja em excesso, melhor faltar água do que regar muito.
4. Temperatura: a temperatura ideal fica entre 25ºC e 30ºC. Por períodos mais curtos a planta suporta temperaturas entre 10ºC e 40ºC. Deve-se evitar expor as orquídeas ao vento forte.
5. Vasos os vasos devem permitir uma boa drenagem. Normalmente usa-se vasos de cerâmica que são mais porosos. Podem ser de plástico para as plantas que gostam mais de umidade, ou ainda podem ser de madeira. Os vasos devem ser pequenos e preenchidos até cerca de 1/3 com cacos de cerâmica, permitindo um bom escoamento da água.
6. Replantio: é recomendável trocar a planta de vaso a cada dois anos para renovar o substrato e diminuir a acidez que é natural. A melhor época é quando a orquídea está em repouso - logo após a floração.
Nome científico: Laelia purpurata 
Nome popular: Lélia, laélia, orquídea.
Família: Orquidaceae
Origem: Brasil, América do sul.
Flores: Verão.
Características: Herbácea epífita de floração muito ornamental. É composta de pseudo-bulbos de 20 cm de altura contendo uma única folha coriácea e oblonga. É uma das mais tradicionais e características orquídeas brasileiras, sendo encontrada no litoral do sudeste e sul do país. Deve ser cultivada em locais semi-sombreados, fixada em troncos ou árvores ou ainda em vasos. Nesse caso o solo deve ser de xaxim ou outro bem drenado.
Propagação: Por divisão dos pseudo-bulbos.
Nome científico: Cattleya sp
Nome popular: catléia híbrida
Família: Orquidaceae
Origem: Brasil, América do sul.
Porte: médio a grande; as inflorescências com três a cinco flores atingem até 20 cm de diâmetro.
Flores:
fevereiro/março
Características: Pseudobulbos portando uma única folha. Flores com labelo largamente aberto e encrespado, com parte central púrpura-arroxeada brilhante, passando para estrias púrpuras e fauce amarela. Tem perfume intenso e lindas variedades.
Propagação: Por sementes, ou divisão de rizomas.

REPRODUÇÃO DAS ORQUÍDEAS:
1. Processo Simbiótico:
  natural, feito pela natureza, por sementes. No dia seguinte à fecundação, a flor se fecha e começa o intumescimento do seu ovário. Ali forma-se uma cápsula portadora de 300 a 500.000 sementes minúsculas. Essa cápsula leva em média um ano para crescer e amadurecer, quando se abre, e as sementes são espalhadas pelo vento. Somente germinarão as sementes cujos embriões forem atacados por um fungo chamado Micoriza, que produz alimento e açúcares para as pequenas plantas brotarem. 2.Processo Assimbiótico: em laboratório, por sementes. O norte- americano Lewis Knudson quem descobriu a cultura assimbiótica (1922). Produziu em laboratório, com uma simples fórmula, os mesmos efeitos que o fungo causa nas sementes, provocando sua germinação.
3. Processo Meristemático: divisão celular. Aqui o processo de reprodução exige muito cuidado e é feita em laboratório, a partir de tecido da planta, o meristema.
4. Reprodução por mudas: corta-se o rizoma (caule da orquídea), em 3 ou 4 pseudo-bulbos, obtendo-se as mudas. Ainda pode-se fazer estaquia com pedaços de pseudo-bulbos ou pedaços de hastes florais. Amarram-se as mudas dessas orquídeas com tiras de tecido de algodão ou barbante em troncos ou galhos, até que a planta se fixe com suas próprias raízes.Outra opção é prender a planta em placas ou colunas de xaxim.

domingo, 17 de julho de 2011

10 - Mangaba


Hancornia speciosa Gomez
Família Apocynaceae, mesma da alamanda, velame-branco, tiborna e guatambu.

Hua das mais nobres frutas desta America he a Mangaba, de que se faz rica conserva, bem estimada, ainda fora de sua patria; [...]”
A. Rosário (1702), em Frutas do Brasil III..




Mangabeira
Figura 01 - Mangabeira em cerrado típico, próximo à cachoeira do Tororó (DF).
Além da variedade típica da mangabeira, no Cerrado também ocorre Hancornia speciosa Gomez var. pubescens (Nees & Mart.) Müll. Arg.
Árvore de ocorrência nos estados do Cerrado, Caatinga e litoral nordestino, podendo alcançar até 10 metros de altura, com tronco áspero, ramos lisos, avermelhados, com látex branco abundante. Suas folhas são opostas, simples, medindo entre 5 a 6 x 2cm. Suas belas flores alvas e saborosos frutos conferem valor ornamental à espécie, ideal para a arborização urbana e rural (Figuras 01, 02, 03 e 04).
Mangaba
Figuras 2 e 3: ramos, folhas, botões florais e flores da mangabeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
mangaba fruta

"Em que afundamos num cerrado de mangabal, indo sem volvência, até perto de hora do almoço. Mas o terreno aumentava de soltado. E as árvores iam se baixando menorzinhas, arregaçavam saia no chão. De vir lá, só algum tatú, por mel e mangaba. Depois, se acabavam as mangabaranas e mangabeirinhas. Ali onde o campo larguêia.” GSV pg47.
No bioma Cerrado, assim como em outras regiões, ocorre em agrupamentos naturais, facilitando ações de extrativismo e conservação.
“O mesmo socede com as Mangabeyras, arvores que dispostas pela natureza em terreno de huã, duas, e mais legoas, parece um pomar bem concertado pela arte. [...]” D.L. Couto (1757), em Glórias de Pernambuco.
Além de dispostas favoravelmente pela natureza, há séculos os povos do sertão cultivam a mangabeira, inclusive associada com outras espécies. Os naturalistas Spix e Martius, passando em 1818 pela bacia hidrográfica do rio Urucuia, importante cenário do romance Grande sertão: veredas, fazem o seguinte relato " A mangabeira [...] aparece daqui em diante, cada vez em maior número, nas regiões quentes e secas do sertão, e é cultivada, não raro, como nas províncias da Bahia, Pernambuco e Ceará, junto com a goiabeira e o ananás. ".
É empregada como medicinal e na fabricação de doces, sorvetes, geléias e licores, tanto artesanais como industriais, sendo uma das espécies nativas de importância para o fomento de uma economia baseada na utilização e conservação de recursos naturais do Cerrado.
Tradicionalmente, seus frutos são colhidos no chão, após cairem naturalmente do pé, sinal de que estão bem maduras.
“Ah, a mangaba boa só se colhe já caída no chão, de baixo... Nhorinhá.” GSV pg.33.
O relatório técnico de Planejamento para Conservação de Áreas do Parque Estadual do Jalapão (Tocantins), realizado pela TNC-Brasil ( The Nature Conservancy, 2008), inclui a mangaba entre os alvos para conservação, estando entre as espécies vegetais mais utilizadas pela comunidade do Jalapão, juntamente com capim-dourado, buriti, jatobá, pequi, cajuzinho, buritirana, puçá e piaçaba.
Na região de Balças (MA) a mangaba integra uma lista de espécies indicadas para o aproveitamento econômico de reservas legais de propriedades rurais do Cerrado (Aquino et al . 2007). Entre 14 possíveis formas de utilização, são atribuídas quatro para a mangaba: melífera, alimentícia, medicinal e alimentícia para a fauna silvestre. Pesquisa no Mato Grosso constatou sementes da mangaba em nove meses do ano, nas fezes da raposinha-do-campo, o menor canídeo das américas (Dalponte e Lima, 1999).
No norte de Minas Gerais, região do Grande Sertão , a polpa da mangaba, bem como de outras espécies nativas, é comercializada por produtores e cooperativas rurais. Os produtos do Cerrado são um importante componente da economia local, contribuindo na renda de milhares de famílias, como as 1500 congregadas na Cooperativa dos Agricultores Familiares e Agroextrativista Grande Sertão (MG), de Montes Claros (grandesertao@caa.org.br).
 
Na bela pesquisa de Ricardo Ribeiro (2006), a mangaba é citada entres as plantas do Cerrado utilizadas nas regiões do Triângulo Mineiro e no vale do Jequitinhonha
No âmbito das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade, a mangaba está entre as cadeias mais expressivas dos Biomas Cerrado e Pantanal, segundo os seguintes critérios: Significância social, Importância econômica, Relevância ambiental, Representatividade territorial, Inserção em políticas já existentes (Brasil, 2008).
Na região litorânea do Sergipe a mangaba tem o valor estável em R$ 1,00 a R$ 1,20 o quilo para o produtor e em torno de R$ 3,00 o quilo do fruto in natura nos supermercados, preço este que geralmente é superior ao da maçã e da uva, importadas de outros estados. No Sergipe, mudas e sementes de mangaba podem ser adquiridas no Viveiro das Mangabeiras.
Mangaba: composição
Fonte: Almeida et. al. 1997 em Silva et al. 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . mangaba
Sua reprodução pode ser feita por meio de sementes ou pelo método de enxertia (Junqueira et al. 2002). Segundo o agrônomo Josué Silva Júnior, da Embrapa, um dos segredos para a produção da muda de mangaba é que as sementes não devem secar.
Mangaba - Ecologia
Figura 5: Vespeiro em ramos de mangabeira.
Pode-se colocá-las em uma sombra, sobre uma folha de papel, de um a quatro dias, sem deixar que elas sequem. Elas devem ser semeadas ainda úmidas. Se secar, a semente de mangaba não germina. Suas mudas apresentam melhor desenvolvimento em solos ácidos (pH entre 5,2 a 5,5), enquanto que em solos mais neutros o crescimento torna-se mais reduzido (Rosa et al . 2005).
Processada ou ao natural, a mangaba é uma das frutas brasileiras que o brasileiro não pode deixar de conhecer. Quando encontrar uma mangabeira carragada, saboreie, mas verifique se alguém chegou antes de você (Figura. 05). Parafraseando Ataulfo Alves: “Mangaba madura na beira da estrada, tá bichada Zé, ou tem marimbondo no pé ...”.

Bibliografia consultada:
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Brasil, 2008. Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade: Agregação de Valor e Consolidação de Mercados Sustentáveis - Subsídios para a Formulação de Politicas Públicas – Resultados dos Seminários Regionais.
Cunha, Antônio Geraldo da, 1924. Dicionário Histórico das palavras portuguesas de origem tupi / Antônio Geraldo da Cunha; prefácio-estudo de Antônio Houaiss. 4 ed. São Paulo: Companhia Melhoramentos; Brasíla: Universidade de Brasília, 1998.
Dalponte, J. C. e Lima, E. S., 1999. Disponibilidade de frutos e a dieta de Lycalopex vetulus (Carnivora - Canidae) em um cerrado de Mato Grosso, Brasil. Revta brasil. Bot., São Paulo, V.22, n.2(suplemento), p.325-332, out. 1999. http://www.scielo.br/pdf/rbb/v22s2/(2_s)a14.pdf (acesso em 25 de agosto de 2009).
Pereira, E. B. C.; Pereira, A. V; Charchar, M. J. A.; Pacheco, A.; Junqueira, N. T. V.; Fialho, J. F. 2002. Enxertia de Mudas de Mangabeira . Documentos Embrapa, No. 65 alerta.cpac.embrapa.br/download/292/t (Acesso em 24 de agosto de 2009).
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Rosa, M. E. C. da; Naves, R. V.; Oliveira Júnior, J. P. de; 2005. Produção e Crescimento de Mudas de Mangabeira (Hancornia speciosa Gomez) em Diferentes Substratos. Pesquisa Agropecuária Tropical, Vol. 35, No2. www.revistas.ufg.br/index.php/pat/article/viewArticle/2252 . (Acesso em 24 de agosto de 2009).
Silva, D.B. da ; et al. , 2000. Frutas do Cerrado. Brasília: Emprapa Informação Tecnológica.
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Toda Fruta, 2008. Os segredos da mangaba. www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp?conteudo=3629 (acesso em 24 de agosto de 2009).
The Nature Conservancy do Brasil – TNC, 2008. Relatório Técnico de Planejamento para Conservação de Áreas Parque Estadual do Jalapão. Mateiros – Tocantins. 27 e 28 de Maio de 2008.
Viveiro das Mangabeiras. O que oferecemos. www.viveirodasmangabeiras.com/index.php?option=com_content&task=view&id=13&Itemid=27 (acesso em 24 de agosto de 2009).

9 - Araticum


Annona crassiflora Mart.
Também é conhecido por marolo ou bruto.
Araticû he hua aruore do tamanho de laranjeira, e maior, a folha parece de cidreiras ou limoeiro, he aruore fresca, e graciosa, dá hua fruita da feiçaõ e tamanho de pinhas, e cheira be tem arezoada gosto, e he fruita desenfastiada
Cardim, 1584 em Do clima e Terra do Brasil
Araticum é nome dado à diversas espécies da família Annonaceae, mesma da fruta-do-conde (Annona squamosa), conhecida também como ata ou pinha, dependendo da região. Pio Corrêa relata que a primeira muda desta espécie foi plantada no país pelo Conde de Miranda, na Bahia no ano de 1626.
Araticum
Figura 1: A - Árvore com altura de cerca de 5 metros, com frutos maduros e de vez; B – ramos portando frutos; C – ritidoma (casca externa do tronco e ramos). Núcleo Rural Boa Esperança II, Distrito Federal. 16/02/2007.

Segundo professor, da Universidade de Brasília-UnB, em Guia de Campo para árvores do cerrado, o nome araticum é derivado do tupi, podendo significar árvore de fibra rija e dura, fruto do céu, saboroso, ou ainda fruto mole.
Trata-se de uma árvore (Fig. 1A), sem exsudação de látex no caule ou ao se destacar a folha, com ramos e brotos com pilosidade ferrugínea; tronco pode alcançar cerca de 40 cm de diâmetro, o ritidoma (casca) é bege ou cinzento, com fissuras e cristas estreitas, descontínuas e sinuosas (Fig. 1C); suas folhas são simples, alternas, de 5-16cm de comprimento e 3 a 12 de largura, possuem as margens lisas e nervações bem marcadas na face superior; sua consistência é bem firme (coriácea). Flores de até 4cm de comprimento, com seis pétalas livres entre si, de coloração creme ou verde ferrugínea, consistência carnosa, que pouco se abrem (Fig. 2A); são três pétalas maiores, dispostas externamente, e três menores internas; seus frutos alcançam mais de 15 cm de diâmetro e 2kg de peso, contendo muitas sementes com cerca de 1,5cm de comprimento.
Flores de Araticum
Figura 2: A - Flores de araticum, pétalas externas de coloração verde ferrugínea; B – Sépalas (03) de coloração marrom ferrugíneo. Núcleo Rural Boa Esperança II, Distrito Federal. 07/10/2007.
ovário do Araticum
Ovário feminino composto por inúmeros carpelos soldados, as escamas já guardam semelhança com o fruto maduro.


 
Ocorre em cerrados e cerradões, ao longo de todo o bioma Cerrado.
Sua floração se dá predominantemente de setembro a janeiro e frutifica de outubro a abril (principalmente de fevereiro a março), sendo a dispersão das sementes realizada pela própria gravidade ou por animais. Na Caatinga foi constatada a dispersão de araticum (Annona coriaceae) por formigas (Pheidole sp.) e no Mato Grosso, sementes (A. crassiflora) foram encontradas nas fezes da rapozinha-do-campo (Lycalopex vetulus), o menor canídeo das Américas, mesmo em área sem a ocorrência da árvore. Um quilo contém aproximadamente 1400 sementes, que perdem rapidamente a viabilidade se armazenadas.
A germinação do Araticum pode ser antecipada em até 36 dias e concentrada em até 3 meses após a semeadura, com o uso de ácido giberélico (GA3). Recomenda-se colocar as sementes imersas numa solução contendo 1g de Ácido giberélico por litro de água, por um período de 24h, antes da semeadura (Melo, 1993, apud Silva et al. 2001)
Quando aberto, o fruto oferece uma polpa cremosa de odor e sabor bem fortes e característicos. A polpa pode ser consumida ao natural ou na forma de batidas, bolos, biscoitos e bolachas, picolés, sorvetes, geléias e diversos doces.
Pois, várias viagens, ele veio ao Curralinho, vender bois e mais outros negócios – e trazia para mim caixetas de doce de buriti ou de araticúm, requeijão e marmeladas.” Guimarães Rosa em Grande sertão: veredas, pg. 115.
Receita de doce pastoso de Araticum:
Ingredientes: 1 medida de polpa de araticum, 1 medida de açúcar, 1 e meia medida de leite.
Modo de Fazer: Passar a poupa por uma peneira e juntar com os outros ingredientes. Levar ao fogo numa panela até ficar pastoso. Retirar do fogo, deixar esfriar e colocar em frascos de boca larga. Fonte: Almeida 1998.

Araticum
Composição química e valor energético de 100g da polpa do araticum.
Araticum - composição
Resultados preliminares de pesquisa conduzida por duas universidades, a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e a Universidade Católica de Goiás (UCG), revelam que o araticum e o pequi possuem fatores antioxidantes, sendo fortes aliados da população na prevenção de doenças degenerativas.
Utilização medicinal do Araticum.
Indicações
Parte usada
Preparo e dosagem
diarréia crônica
sementes
Infuso ou decocto: 1 colher de sopa de sementes raladas ou picadas para 1 litro de água. Tomar de 3 a 6 colheres de sopa do chá ao dia.
Fonte: Rodrigues e Carvalho 2001
O araticum integra a medicina das populações tradicionais da região da Chapada dos Veadeiros, Goiás, que o utilizam como regulador de menstruação, para reumatismo, feridas, úlceras, câncer de pele, fraqueza no sistema digestório, cólicas e contra diarréia.
Sorveterias de Brasília e Goiânia produzem sorvetes e picolés de araticum. A espécie contribui para as economias informal e formal, durante seu período de frutificação, em todo o Cerrado. É importante que pelo menos ¼ dos frutos disponíveis na área não seja coletado, de modo a não comprometer as populações naturais de araticum. Tais populações têm sido drasticamente reduzidas e isoladas, decorrência da devastação produzida pelas macro políticas de expansão agrícola, promovidas para a região do Cerrado.
De forma geral, a ocupação agrícola no bioma é concentradora de renda, além de ser um desastre do ponto de vista ambiental, ameaçando inúmeras espécies animais e vegetais, além de potencializarem processos erosivos e conseqüentes assoreamentos de nascentes e rios. Neste contexto, é de suma importância a organização de cooperativas e associações por pequenos proprietários e assentados rurais, para trabalharem os múltiplos recursos oferecidos pelo Cerrado.
Da mesma forma, em ambientes urbanos, é desejável a adoção de espécies nativas no paisagismo público e particular. Não é raro vermos as pessoas mandarem “limpar” seus terrenos, cortando indiscriminadamente todo o “mato” que há. Assim, o proprietário joga fora, sem ao menos tomar conhecimento, preciosidades como o araticum, o pequi, a cagaita, o jatobá, a gueroba, bromélias, orquídeas, entre outras espécies que poderiam compor os jardins de sua casa, oferecendo frutos, flores e atraindo aves com um mínimo de manutenção. Portanto, antes de mandar “limpar” seu terreno, procure saber quais as espécies de plantas já estão por lá presentes, você poderá se surpreender! Com um planejamento mínimo, é possível tornar o jardim da sua casa ou arborização de onde você mora em um pequeno “jardim botânico”, sem nem mesmo comprar uma muda de árvore. Observe e planeje antes de intervir.
Valorize os recursos do Cerrado, nele não há fome se ele a gente preza.
Araticum
Araticum sendo vendido em feira livre na rodoviária de Brasília, preços de 5, 7 e 10 reais por unidade, conforme o tamanho. Os frutos são procedentes do entorno do Distrito Federal, sendo trazidos até de Minas Gerais. Cena comum nas cidades e pelas beiras das estradas da região, onde o araticum contribui com a renda de muitas pessoas. 16/02/2007.
O quanto em toda vereda em que se baixava, a gente saudava o buritizal e se bebia estável. Assim que a matlotagem desmereceu em acabar, mesmo fome não curtimos, por um bem: se caçou boi. A mais, ainda tinha araticúm maduro no cerrado.” Guimarães Rosa em Grande sertão: veredas, pg. 372.
Referências e sugestões bibliográficas sobre o Araticum:
Clique no endereço eletrônico para acessar o documento.

Agostini-Costa, T. & Vieira, R.F. Frutas nativas do cerrado: qualidade nutricional e sabor peculiar.
www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./biotecnologia/index.html&conteudo=./biotecnologia/artigos/frutas_nativas.html

Almeida, S.P. 1998. Cerrado: Aproveitamento Alimentar. Planaltina: EMBRAPA-CPAC. 188p.
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Altiplano. Frutos do Cerrado: Aliados da Saúde.
www.altiplano.com.br/Frutacerrado.html

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www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/jornalPDF/ju295pg05.pdf

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Braga Filho, J. R. et al. 2005. Danos de Telemus chapadanus (Casey 1922) sobre o florescimento do Araticum (Annona crassifolia Mart.) no Estado de Goiás.
http://200.137.202.4/pat/pat35(1)-05.pdf

Costa e Silva, S. M. et al. Insetos que atacam as sementes de Araticum (Anonna crassiflora Mart.) nos Cerrados de Goiás.
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